domingo, 30 de setembro de 2007

Os neoIntermédios da Arte


Intermédios da Arte – A Arte ignorando a Vida.

Prefácio

“Sua relação com a vida de quem a faz, também a relação da arte com a vida de quem a recebe. E que é uma relação de substituição, alternatividade, causação ou continuação: a arte no lugar da vida, a vida no lugar da arte, arte gerando vida, vida como fonte de arte. Uma vida. Também: a arte eliminando a vida, arte ignorando a vida. A questão mais importante da arte. Por vezes, a questão mais importante da vida”. (Teixeira Coelho – entre a vida e a arte - Balzac, A obra-prima ignorada)

É interessante como a arte realmente pode ser substituta da vida, na propria vida do artista. Li esse trecho em um livro que tinha que ler para faculdade, não vou negar, se não tivesse que lê-lo e simplesmente tivesse trombado com ele em uma livraria, jamais cogitaria em ler, mas creio que esse trecho resume bem tudo o que o livro tem a dizer.
O intuito agora é só fazer uma colocação, mas não discutir sobre o assunto, mesmo porque seria injusto eu falar sobre arte, não porque não entendo, ou sim porque eu a entendo, mas simplesmente, porque poderia passar horas e horas dizendo muito sobre a arte, e nunca conseguiria terminar de falar.

Os neoIntermédios da Arte

Vocês já reparam que o cinema é um meio que eleva a imaginação do ser humano? Quem aqui, nunca sentiu aquele frio na barriga quando via o Homem-Aranha suspenso pelos prédios, ou um dia desejou um mundo fantasioso de algum Harry Potter ou Senhor dos Anéis? Quem nunca aqui, nunca se emocionou com situações completamente forjadas, e que delas tiraram aprendizagens para vida? E tudo isso, através do cinema.
Mas vocês já observaram que, NÃO, o cinema não eleva a imaginação. Não tanto quanto uma leitura.
No cinema, você vê. A mensagem que chega até você é a mensagem que circula no seu meio de comunicação, é a mensagem do diretor, produtor, roteirista. Você curte a imaginação criada, mas você não flui com a sua imaginação.
Não posso ter isso como mérito ou qualquer coisa que se considere como exemplo. Mas quando li Harry Potter, o salão comunal era circular, e não quadrado =(.
E sempre achei do jeito que imaginava era muito mais legal. Mas depois que vi o filme, involuntariamente o salão comunal vem em minha cabeça quadrado.
Agora me perguntam, qual o fundamento de meu discurso? Dizer para que não vejam os filmes e apenas leiam os livros?
Sabe que eu não sei? Mas que o salão comunal era muito mais legal redondo do que quadrado, garanto que era.

Recomendo
Balzac A Obra-Prima Ignorada

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Os neoPacientes

Existem determinados tempos da nossa vida em que tudo parece ser uma droga... Já repararam? É a faculdade que é uma droga, é o tempo que não é suficiente, são os amigos que incomodam inacreditavelmente, o emprego que não te deixa feliz, enfim, nada é bom, e para completar com a frase mais clichê, “o ser humano é um eterno insatisfeito”. Ainda escrevo algo provando que as frases mais clichês são as mais verídicas e funcionais no meio moderno.

Mas aí vem o problema... Como resolver tudo isso? Cada pessoa administra de um jeito. Umas administram com o terapeuta, mas não cuidando de si, apenas justificando tudo com “meu terapeuta disse”. Provavelmente vocês conhecem alguém assim.
“Meu terapeuta disso que tenho que fazer algo... Meu terapeuta disse que estou em processo de depressão... Meu terapeuta disse que tenho que ser mais ousado... Meu terapeuta disse que preciso viajar...”
Interessante que realmente, muitas coisas que o terapeuta fala são completamente viáveis, mas até onde você, o “paciente”, age de acordo com o que o terapeuta fala. Para mim, muitas das terapias não são nem um pouco terapeutas, não por causa do profissional, mas por causa do paciente que se sustenta apenas na segurança do fato de “ter” um terapeuta que diz algo sobre você.

O fato se resume que hoje em dia, o ser humano anda tão carente de atenção, e muitas vezes, carente de pena. Hoje, ele não busca mais alguém para ouvir e administrar o que, e como resolver um problema ou uma crise que se passa. Na verdade ele busca a atenção de mostrar para os outros de como ele está mal, ele busca o reconhecimento dos outros de como ele precisa de algo ou de como a vida é está sendo extremamente cruel.
Posso estar errado, mas digo isso não apenas por concluir, mas porque eu já fui e em determinadas situações ainda sou, e por observar o comportamento de pessoas a minha volta. E também, só digo isso porque faz sentido. Afinal o ser humano é um eterno insatisfeito, e um eterno preguiçoso.
É muito mais fácil fazer com que as pessoas vejam como você está no fundo do posso e te ajudarem de alguma forma do que você, eterno acomodado, aceitar uma extrema fraqueza sua e tentar passar por cima disso.É muito mais fácil, e sacia muito mais a necessidade principal que é a carência. Carência de algo que o mundo moderno hoje, já não pode mais suprir.
Mas será que aprender a cuidar-se sozinho e se auto-criticar, além de por em prática o que os “terapeutas” dizem não é algo extremamente necessário em uma sociedade tão egocêntrica em que vivemos?
Creio que seja, mas também creio que não. Afinal, cada um é cada um. Muitos procuram saciar a carência, outros a se conhecer e a se virar sozinho. Cada um é cada um e cada um é cada um.

Mas sem duvida, não é melhor terapeuta do que nós mesmos, quando se trata de auto-conhecimento, o difícil é tirar o diploma nessa área, ainda mais sozinhos.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Neoblog

De volta, pela terceira vez.
Prometo, que dessa vez tento ir mais longe com um blog. Mas esse já vai ser bem diferente.

O primeiro que tive era um diário da minha vida, que tomou mais minha dedicação e durou mais tempo foi 1 ano de relatos, templates mudados e muitas amizades construidas. Já o segundo, tratava da vida contemporânea, urbana e de relacionamentos modernos. Durou 3 posts, porque será?

Esse terá uma estrutura bem diferente, tratarei de assuntos de uma maneira mais críticas, criando crônicas,e desenvolvendo teses e teorias sobre pensamentos que tenho.

Enjoy it. ;)